Marimba e Dança-Teatro – Uma História – Gilmar Goulart

Marimba

Joelma and Gilmar
Joelma e Gilmar, 2011 (Foto por Marcelo Brum)

Amigos desde o “século passado”, o trabalho de Joelma Rannov do Carmo e Gilmar Goulart teve seu princípio em 2005, quando Joelma iniciou a preparação para seu monólogo de formatura no Bacharelado em Artes Cênicas da UFSM. Convidado a criar a trilha sonora, Gilmar trabalhou com poucos instrumentos de percussão para capturar a atmosfera das personagens Ana Terra (de Érico Veríssimo) e Lídia (de Nélson Rodrigues) – um dos quesitos na escolha dos instrumentos era: não carregar peso demais!

O resultado foi uma parceria feita de muitas conversas, risadas, histórias – e tambores subindo/descendo as escadas do CAL, pesquisa, diálogos e experimentações. A formatura chegou em Abril de 2006, então mais umas apresentações aconteceram, em Santa Maria e fora. Mas a parceria se desfez, os caminhos se separaram por um bom tempo. Entretanto, é interessante notar que continuaram a se encontrar pelas ruas da cidade, aqui e ali, mas não conseguiam uma chance de
trabalharem juntos novamente.

Em 2011, finalmente, chegou o momento do reencontro, de redescobrir a magia da criação em dupla, com obras para marimba e dança. Nada determinado, a não ser quais músicas seriam trabalhadas, e que o tempo, desta vez era bem mais curto (pouco mais de dois meses). A este trabalho juntou-se a iluminadora, atriz, e diretora Luiza de Rossi, que trouxe sua visão diferenciada ao projeto, embarcou no trem e tornou-se membro do grupo – ela trouxe luz, cores, e a visão mais global de quem pode assistir e perceber outros caminhos, melhores caminhos.

O resultado foi extremamente satisfatório para todos, e surgiram outras oportunidades de apresentações: no V Encontro Internacional de Percussionistas, em Tatuí-SP (11/11/11), uma mostra da receptividade por parte da comunidade percussionista nacional; e na UNESP, em São Paulo.

Em 2012, o projeto aumentou, com a inclusão de duas outras obras, outras pesquisas, longos meses de ensaios, conversas, procura de figurinos, aulas de tango… O momento mais importante do trabalho aconteceu em Setembro, quando houve a apresentação no VI Festival Internacional de Marimbistas, no México (cidade de Villahermosa, estado de Tabasco) – a primeira ventura internacional.

Em 2013, o projeto de trabalho, de vida e de arte prossegue, com a busca de sonhos individuais e coletivos – duas, três pessoas, artistas, que conseguem conversar, rir, ensaiar e criar sem perder suas individualidades e sem perder de vista a beleza das artes que levam ao palco e para o público.